Histórias do Projeto Jovens Caminhos: Helena Ferreira, vendedora autônoma

 

Com 62 anos, casada há 38 e com três filhos, Helena Ferreira não teve receio de enfrentar mais um de tantos desafios na sua vida: aprender a lidar com o moderno e complexo mundo digital. 

Formada no curso adicional de Inclusão Digital, da 1ª turma do curso de Programação e Criação de Sites do Projeto Jovens Caminhos, em 2023, a vendedora autônoma Helena lida hoje com facilidade com algoritmos, comandos de teclados e aplicativos. “Antes do projeto, não entendia nada do mundo on-line. Hoje passo pix e pago contas até pelo celular”, conta ela orgulhosa. 

Helena fez o curso no CRAS Oratório, em Mauá, atraída pela propaganda do Jovens Caminhos e a divulgação da equipe do Instituto Gea.  

“É uma grande oportunidade que o projeto oferece para jovens e adultos. Tive a oportunidade de aprender informática e questões de meio ambiente, entre outros, e consigo me dedicar melhor ao trabalho de vendedora de doces, balas e cachorro quente. Com esse incentivo para nossa comunidade e o ensinamento de qualidade, podemos nos transformar em pessoas melhores e acreditar em nosso potencial”, testemunha ela. 

Mais confiante 

Helena Ferreira sempre trabalhou nas ruas como autônoma. A pandemia de Covid-19, que distanciou pessoas do contato físico e deixou como alternativa apenas os contatos virtuais, tornou sua profissão muito difícil porque não entendia nada de redes sociais ou apps de venda. “Mas, depois do Jovens Caminhos, fiquei mais confiante. Estou retomando meu trabalho autônomo com mais segurança”, diz. 

Realizado pelo Instituto Gea, com apoio da Petrobras, e tendo a parceria do LASSU – Laboratório de Sustentabilidade da Escola Politécnica da USP na formação em Programação e Criação de Sites, o Projeto Jovens Caminhos aumenta a autoestima dos participantes, na opinião de Helena Ferreira: “Percebemos que temos capacidade de vencer a cada dia. O mais importante é o certificado entregue em nossas mãos, que é essencial para facilitar a entrada no mercado de trabalho. Sinto gratidão a cada um pela dedicação, carinho e paciência, pois sempre tive pouco estudo”, afirma Helena. 

Fazer seu melhor 

Ela conta que, antes, seu desconhecimento em informática era grande, a ponto de não conseguir inscrever-se sozinha. “Eles enviaram o código no meu celular, mas eu sequer sabia como entrar no formulário. Quando cheguei em casa, minha filha me ajudou no cadastro para o curso”, lembra.  

Os cursos do Jovens Caminhos também são lembrados pelos ensinamentos sobre valores éticos e causas sociais. Helena faz parte de um trabalho voluntário, o que lhe exige ter empatia com o próximo, independente de raça, cor ou religião. “O projeto também nos incentiva a respeitar o estilo de vida de cada um. Se alguém tiver oportunidade de participar, eu super indico, para assim conseguir se tornar a melhor versão possível de si”, afirma.